Regra simples

De tanto ver em teus olhos

A amargura que a vida lhe dá

Deixei de lado para sempre

Meus prazeres a lhe magoar

Baixei uma regra mui simples

Para não mais vê-la chorar

Não verei meus velhos amigos

A cerveja deixarei de tomar

Também entendo seus sonhos

O chá da tarde, novelas, as lojas...

Mesquinharia difícil de se acabar.

Não dá! É tempo de reconhecer.

Tudo fiz como o vero prometido

Para vivermos melhor e felizes

Hoje sinto-me na grade, um bandido

Creio ter cometido um deslize..

Sorvo agora do teu sorriso

A perfídia desse prazer

Pensei causar-lhe desgosto

Meu desgosto maior é você.

Sei que à rua mais não volto,

Nem você a mim jamais terá;

Cuide-se ave negra

Prazer igual vou lhe dar!