O TEU DECOTE ME PROVOCA.
O teu decote me provoca, vai abaixo da cintura,
Quando andas ó criatura, sinto teus montes estremecerem,
E a minha mente vagueia, entre tua bunda e coxas,
Sei que já não és mais moça, pois certo alguém te visitou,
E em ti o coito consumou, mas não tirou nada de ti,
Para mim tu estás perfeita, e trás contigo a receita,
Pra ser gotosa e feliz, se tu puder me atender,
Quero contigo viver, pra sermos muito felizes.
Mas quando os sonhos se dissipam do real,
E as nossas chamas desaparecem no infinito,
E não rolam mais o entusiasmo dos carnavais,
Nem nos inflamam no meio do amor intensos gritos,
Daquele tipo que diz agora te quero mais,
Então é hora de refazer nossas estratégias,
Botar a baixo o velho castelo já em ruínas,
E procurar reabastecer o nosso gás,
Nos prepararmos para atendermos a outras meninas,
Que se aventuram hoje em dia cada vez mas,
Mais é preciso tomar cuidado com a nossa sina,
De ser deixado logo adiante para traz,
Porque o amor hoje é composto de outra resina,
O bem querer vem dos dotes financeiros,
A tolerância orna com o cartão de crédito,
E um par de chifres já virou coisa corriqueira.
LUSO POEMAS, 07/02/15