O SILÊNCIO DA CIDADE
Levantei para escrever
sobre o silêncio da cidade às seis da manhã,
mas um passarinho cantou
e um cachorro latiu.
Agora estou aqui
sem saber se faço poesia
ou volto a dormir.
A noite foi curta, sem sonhos.
Se os tive, não lembro.
Meu sono é sempre o vácuo
entre a hora em que deito
e a hora em que desperto.
Não me permitem o delírio do inconsciente...
Agora ouço o barulho dos carros
e não faz mais sentido
o título do poema.