AURORA

Descobre-se o infinito do manto negro

De claridade vestem-se as águas dos rios

Seus reflexos falam do novo no novo

No regozijo de mais um dia no redil.

O sugar do orvalho pelo aquecer do sol

Despede a umidade fria da noite despida

É a aurora de beleza divina

Que divide com a terra luz destemida

O brilho dourado

Dos seus cabelos esvoaçantes

Moldura sua silhueta no campo florido

Tapete que lhe calça em verde

Suas horas de fulgor bendito.

A liberdade dos ventos

Redemoinham meus pensamentos

Abrindo túnel de espiral no delírio

De sua luz incandescente.

Salve! A Aurora

Que me devolve a cada amanhecer

Este gozo que sinto em lhe apreciar

Vivendo mais um dia para lhe abraçar.

Jair Martins

Buriti, 06/09/03 - 17h45.