poesia de pires

quando eu era criança

tanto ficava vermelha

que nem parecia

morena

mas o tempo espelha

outras pessoas

ideias e palrações

mudam-se os refrões e

p l u f t !

estou moída

escuto cada coisa...

porém, minha vida curta

é tomada e substituída

pela mesma

coisa

e vou e volto

envolta ao arroio

humanitário

- não sou adubo

mas parece interessante ser

perante o que escutei

daquelas que prezam o ter -

estou de qualquer lado

sou um tanto amarga

e não sei porque

tem gente que não larga

dizem que vicia

vicia nada!

vicia o vício

que a mente inicia

pensando

no mascavo ou

no cristal

não, não, não

eu prefiro o normal

ser cafeína

é quase ser ninguém

só me sinto gente

quando desperto

neblina

que, na bruma

do meu efeito

convém

Gianne Lorena
Enviado por Gianne Lorena em 22/02/2015
Reeditado em 01/03/2015
Código do texto: T5146640
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