poesia de pires
quando eu era criança
tanto ficava vermelha
que nem parecia
morena
mas o tempo espelha
outras pessoas
ideias e palrações
mudam-se os refrões e
p l u f t !
estou moída
escuto cada coisa...
porém, minha vida curta
é tomada e substituída
pela mesma
coisa
e vou e volto
envolta ao arroio
humanitário
- não sou adubo
mas parece interessante ser
perante o que escutei
daquelas que prezam o ter -
estou de qualquer lado
sou um tanto amarga
e não sei porque
tem gente que não larga
dizem que vicia
vicia nada!
vicia o vício
que a mente inicia
pensando
no mascavo ou
no cristal
não, não, não
eu prefiro o normal
ser cafeína
é quase ser ninguém
só me sinto gente
quando desperto
neblina
que, na bruma
do meu efeito
convém