Rabiscos do inverno

Há tanto tempo o inverno passou,

E como costumo constantemente recitar,

continuo vivendo dessa imensa saudade,

porque eu sou a saudade e vivo de saudades.

Sou a chuva que cai na terra seca fazendo cheirar.

Sou tempestades doces com um tanto de gotas de limão.

Sou de tons beges, calmaria e aroma de café.

Bem como não sou de rimas mas aprecio as tais.

Sou de friezas, porém

sou de amores, tons e gostos,

cores e lua.

Escrevo exacerbadas vírgulas.

Sou de um deleite só teu, presa a teus lábios rosados,

na perfeita harmonia com o mel de teus olhos.

Sou de compor debaixo da janela entre aberta.

Sou a mesmice de minha própria poesia.

Escuto canções e te recordo.

Ainda te toco perfeitamente na harmonia com os acordes,

e a minha melodia apenas ecoa tua lembrança.

Não sou inspiração,

sou prosa.

Sou apenas a saudade.

Apenas a saudade de ti.

Te sorrio no calor das noites frias,

e tu ainda hesita ser minha poesia.

Ainda te escrevo!

Marinara Sena

25/02/2015

23:32 Pm

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 25/02/2015
Reeditado em 24/05/2021
Código do texto: T5150408
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