Súplicas Entardecidas

Dói o poema:

"Eu escutava passos no barco

os pés descalços

e pressentia os rostos anoitecidos de fome

Meu coração era um pêndulo entre ela e a rua.

Eu não sei com que força me livrei de seus olhos

Libertei-me dos seus braços.

Ela ficou, nublando de lágrimas sua angústia.

Atrás da chuva e do cristal

Porém, incapaz de gritar: 'Espera-me,

Eu vou contigo'".

Autor: Miquel Otero Silva

Súplicas Entardecidas

Acordam súplicas entardecidas...

enquanto pássaros atormentados revoejam

sombras sobre os telhados da face nimbada

de sonhos e mistérios...

Ao longe a melodia - instrumental de paz...

é luz ao coração que vive o crepúsculo

e o calabouço de lamúrias silenciosas...

Maria
Enviado por Maria em 01/03/2015
Reeditado em 01/03/2015
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