Tempo de Guerra

“Quem é que vai aguentar?” Essa carga negativa,

Mil ogivas... De mágoa.

Essa falta de “vivas!”,

A sombra nociva... Sob a anágua.

Não me farei de desentendido,

Sabendo que serei traído... Por um dos doze.

É tempo de guerra,

Obstruo a guelra... Dos peixinhos de água-doce.

“Quem é que vai aguentar?” O peso dessa crítica,

Saliva cítrica... Os marimbondos que cuspo.

Se bandeira e a pomba são brancas,

Em ébano a carranca... Esculpo.

Elefantes sem trombas,

Soldados não jogam bombas... Somente confetes.

Mas sou da matilha dos cães rabugentos,

MC de mil novecentos... E noventa e sete.