Divino ócio

Ah, meu ócio querido...

Sem ti, não me contentaria

com a superficialidade que afunda esse mundo...!

Me dá a tua mão sagrada,

disfarça que não me vê,

que com o coração vibrando alto

contemplo as causas,

contemplo o Ser.

No limite do inteligível

descubro a minha pequinez

ah, quanto mistério!

Quantos portrares haverão de ter!

Sabes que o mundo aqui em baixo gira...

No contorno com a barca de Rá

aqui dualidades servem ao plano

da Grande Vida que há de reinar!

Ah, ócio querido...

Não é evidente que é em ti

o maior trabalho de todos?

Rodolfo Deon DallAgno
Enviado por Rodolfo Deon DallAgno em 13/03/2015
Reeditado em 31/03/2015
Código do texto: T5168437
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