Divino ócio
Ah, meu ócio querido...
Sem ti, não me contentaria
com a superficialidade que afunda esse mundo...!
Me dá a tua mão sagrada,
disfarça que não me vê,
que com o coração vibrando alto
contemplo as causas,
contemplo o Ser.
No limite do inteligível
descubro a minha pequinez
ah, quanto mistério!
Quantos portrares haverão de ter!
Sabes que o mundo aqui em baixo gira...
No contorno com a barca de Rá
aqui dualidades servem ao plano
da Grande Vida que há de reinar!
Ah, ócio querido...
Não é evidente que é em ti
o maior trabalho de todos?