O FADO MORA AQUI!

O fado mora aqui na minha rua

E já o elegi por simpatia

O fado mostra a sina que é tua

E leva na viola…a poesia!

O fado mora dentro do meu peito

E é ele que me dá voz à razão

Depois do ter sentido e ser o eleito

O fado não me sai do coração!

Quando vai passando onde eu moro

Não nega também ali… querer morar

Se as mágoas que ele canta… eu as choro

Nas cordas da guitarra…a trinar!

Por entre a calçada lá da rua

Há vozes entoando o seu primor

Que o fado quando é noite afaga a lua

E é cantado até…com mais amor!

Enquanto o fado morar aqui

Alguém nunca o deixará morrer

É como um poema vindo de ti

Da boca que me dá maior prazer!

Abriram-se as portas já fechadas

Que teimavam em que o fado não entrasse

Mas ele que é teimoso, em desgarradas

Entrou sem que ninguém o autorizasse!

Instalou-se de mansinho e ficou quedo

Esperando chegar à sua meta

Agora mora ali sem qualquer medo

E hoje entrou na vida…do poeta!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 23/03/2015
Código do texto: T5180371
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