Das vezes que eu nasci em mim

Das vezes que eu nasci em mim

(Ayrton Alves)

Quando me deito sobre o universo,

Gosto de me cobrir com o céu da minha infância

E ele sempre vem acompanhado de lapsos de memórias

Como aquelas pescarias com vovô

E das vezes que encontrávamos o rio seco:

Ele chorava e eu julgava ser isso mal da velhice

Hoje me sinto tolo e me encolho ainda mais

Para receber as reflexões da insônia

Ou talvez venham os pássaros daquelas águas

A fazer de mim revoada

Ayrton Alves é natural de Natal-RN, atualmente com 20 anos, se dedica à escrita desde 2007. Faz graduação em Geologia na UFRN, mas nunca abandonou a literatura. Não se considera poeta é apenas um perdido na existência, mas longe de ser um enterrado em si mesmo. O mundo é grande, já diz Drummond, por que desperdiçá-lo? Escreve, da vida, alguma coisa, porque acredita que a poesia está nos olhos de quem lê.

Ayrton Alves
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 26/03/2015
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