PRISIONEIRO DA DÚVIDA

Não há duvida, escrevo poemas obscurecidos

Toldados de luz poética

Palavras doloridas, bradando sem fonética

Versos emocionados, descompromissados, sem métrica.

Amar! Ah, mar, profundo e finito

Afogue o doloroso grito deste pseudo-poeta que sou

Em minhas poesias de tristezas e alegrias

Por amor e ousadia, escrevendo a vida vou.

Quando fui réu primário sofri amargos horrores

Não quero ser reincidente, fenecer sem conhecer outros sabores

E perpetuar-me prisioneiro da dúvida, do medo nas ruas

Num imaginário de apostasia e desconfianças

Onde todos veem as mentiras encobertas

Mas não enxergam a verdade completamente nua.

Sinto-me como um lobo solitário uivando pra lua sem esperança

Esperando respostas que podem estar há anos-luz de mim...

Mas tudo está tão perto, está tudo tão próximo do fim...

Por que ainda insisto em ser criança?