Quem pega o vento...

Somem no funil

das ruas

sóis nascentes

pés afoitos

Intrusa borboleta

sobre o asfalto

voeja

Mundo veloz

mecânico

quântico

eletrificado

Insígnias

entre a ciência

e a utopia

No ecossistema

na fonologia

pensamento

fia o discurso

D´alma

sai

o Haikai

Além do tempo

ave e rebentos

povoam

migrações

Vida diária

fruto

tempera

amadurece

rumos

Diamantes

joias bailarinas...

o encalço

não perde

a atração

que acontece

nos olhos

da Carolina

Na quietude

inspiração

respira

paz

A noite banha

de chuva e viço

o hibisco solitário

na calçada

No sábio

recitar da menina

(gesto gracioso

acompanha o dizer)

quem pega

o vento

não sabe

o que fazer

Vida

sopro

água

espuma...

E assim

breve

alegre

sem rumo

se vai a vida

como bolha

de sabão