sem nome

Queria tirar essa roupa suja

Me livrar dessas pequenas obrigações

De sorrir e acenar

De fingir que a gente se conhece

E beber até acreditar.

Queria tossir tudo de uma vez

Jogar até a lixeira fora

Mas essa meia gratidão mecânica

E esse sofá de ferro

Calejaram mascarados de conforto

Hoje quase me acomodo bem

E o engasgo na minha garganta, não é palavra.

É impulso.

Pamella R
Enviado por Pamella R em 06/04/2015
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