ROSE LIBRE
Ela deixou um copo vazio
Em cima da mesa
Riscada de batom
E outros tons
Que daqui vejo brilhar
Alguns
Ela soluçava confusa
Foi ao toalete
Deixou um lenço
De seda colorido
Cair no espaldar
Da cadeira
Que não ficou vazia
Ficou possuída
Dela no instante
Que a alma fica
fantasma
Pedindo que sentasse
Ou pegue e espere
Ela voltar
Dizer ao garçom
há um abuso
um homem confuso
Querendo me amar
Sem mesmo
Me convidar pra dançar
O que volta
Vem querendo voar
Vai ao bar
Pede um crivo de menta
E um mascante de cravo
Quanto custa tomar
Seu tempo
Tenho bastante tempo
Puxa sua gravata
Desamarra seu pudor
Num beijo demorado
Demais
E o lenço me olha
A cadeira desaba
A mesa me incomoda
Estou ainda em pé
Ela não volta mais
Foi atrás
Procurar os fundos
Escuros
Dos muros da fé
De quem reza
orando pra baixo
mastigando
seus drinks a mais
há um carro parado
vidro de cortinas
vermelhas
num Ford 69
palco de cenas quentes
sem plateia
nada se comove
com a dor que ela sente
E grita sussurra
n’uma surra contente
de olhos estrelados
na janela do carro
mente querer dar o fora
enquanto toda roupa
ficou do lado de fora
e eu agora
tenho um lenço
e a cadeira vazia
deixada marcada
um carta desaforada
existia outro fantasma
que não veio ama-la...
ROSE LIBRE
She left an empty glass
On the table
Streaked with lipstick
And other tones
What I see here shine
Some Of
She sobbed confused
It was the toilet
He left a scarf
Colored silk
Falling on the back
Chair
That was not empty
Was possessed
Her at the moment
That the soul is
ghost
Asking to sit
Or take and wait
She again
Tell the waiter
The abuse
a confused man
Wanting to love me
Without even
Invite me to dance
What back
Been wanting to fly
Go to the bar
Asks a mint sieve
And a clove mascante
How much to take
Your time
I have plenty of time
Pulls his tie
Unties her modesty
In a long kiss
Way Too Much
And the scarf looks me
The chair collapses
The table bothers me
I'm still standing
She is not coming back
Was ago
Find the funds
Dark
The walls of faith
Of those who pray
praying down
chewing
their drinks more
there is a stopped car
glass curtains
red
a Ford 69
Performing hot scenes
without audience
nothing is moved
with the pain she feels
And screams whispers
numa beating happy
of starry eyes
in the car window
mind want to go
while all clothing
was outside
and I now
I have a scarf
and the empty chair
left marked
one letter unbridled
there was another ghost
came not love her ...
Ela deixou um copo vazio
Em cima da mesa
Riscada de batom
E outros tons
Que daqui vejo brilhar
Alguns
Ela soluçava confusa
Foi ao toalete
Deixou um lenço
De seda colorido
Cair no espaldar
Da cadeira
Que não ficou vazia
Ficou possuída
Dela no instante
Que a alma fica
fantasma
Pedindo que sentasse
Ou pegue e espere
Ela voltar
Dizer ao garçom
há um abuso
um homem confuso
Querendo me amar
Sem mesmo
Me convidar pra dançar
O que volta
Vem querendo voar
Vai ao bar
Pede um crivo de menta
E um mascante de cravo
Quanto custa tomar
Seu tempo
Tenho bastante tempo
Puxa sua gravata
Desamarra seu pudor
Num beijo demorado
Demais
E o lenço me olha
A cadeira desaba
A mesa me incomoda
Estou ainda em pé
Ela não volta mais
Foi atrás
Procurar os fundos
Escuros
Dos muros da fé
De quem reza
orando pra baixo
mastigando
seus drinks a mais
há um carro parado
vidro de cortinas
vermelhas
num Ford 69
palco de cenas quentes
sem plateia
nada se comove
com a dor que ela sente
E grita sussurra
n’uma surra contente
de olhos estrelados
na janela do carro
mente querer dar o fora
enquanto toda roupa
ficou do lado de fora
e eu agora
tenho um lenço
e a cadeira vazia
deixada marcada
um carta desaforada
existia outro fantasma
que não veio ama-la...
ROSE LIBRE
She left an empty glass
On the table
Streaked with lipstick
And other tones
What I see here shine
Some Of
She sobbed confused
It was the toilet
He left a scarf
Colored silk
Falling on the back
Chair
That was not empty
Was possessed
Her at the moment
That the soul is
ghost
Asking to sit
Or take and wait
She again
Tell the waiter
The abuse
a confused man
Wanting to love me
Without even
Invite me to dance
What back
Been wanting to fly
Go to the bar
Asks a mint sieve
And a clove mascante
How much to take
Your time
I have plenty of time
Pulls his tie
Unties her modesty
In a long kiss
Way Too Much
And the scarf looks me
The chair collapses
The table bothers me
I'm still standing
She is not coming back
Was ago
Find the funds
Dark
The walls of faith
Of those who pray
praying down
chewing
their drinks more
there is a stopped car
glass curtains
red
a Ford 69
Performing hot scenes
without audience
nothing is moved
with the pain she feels
And screams whispers
numa beating happy
of starry eyes
in the car window
mind want to go
while all clothing
was outside
and I now
I have a scarf
and the empty chair
left marked
one letter unbridled
there was another ghost
came not love her ...