Derramo-me

Então vens até mim,

Pedes perdão, implora reconciliação.

Pensas que esquecerei assim de plano todo o engano.

Pena que não sei como lobotomizar-me.

Pena que não tenho mais medo,

Apesar da dor, da ausência eu segui.

Sem imaginar ou ansiar esse reencontro.

Alma penada não pode fazer mal, foi o que disseram.

Mas almas ainda podem ser tocadas, afagadas, magoadas e perdidas.

Vá, volte de onde veio.

Deixe de me assombrar.

Ou então fique..

Fiques aqui..

De onde nunca deverias ter ido....

Ela lia o poema sem pensar que a dor do autor seria um dia a sua dor, chegou a debochar, chegou irritar, tão clichê, só mais um de amor, que falta de criatividade.

Em breve nobre menina, em breve entenderas que quando o coração de amor transborda só podemos lançar mão da poesia inata e derramar versos por aí.

By Lilyth

Lilyth Luthor
Enviado por Lilyth Luthor em 15/04/2015
Código do texto: T5207736
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.