ÁGUAS SEDENTAS

No curso da vida

Em que todos se aventuram

Águas sempre sedentas

Rolam em busca de experiências

Volteando as intransponíveis

Penetrando em terras brutas

Evaporando em novas oportunidades

Decantando em purificação

Mansas e límpidas em oração

Agitadas por certas emoções

De carona na correnteza

Com muita fé na ebulição

Com equilíbrio nas marolas

Quando abraçadas pela ventania

Amenizadas por ondas

Quando por pedras atingidas

Tomam toda forma

A quase tudo se misturam

Por mais insalubres que estejam

Sempre podem se purificar

Ainda que podres

Um lírio podem aninhar

Quando puras

A humanidade podem saciar

Que não se deixem empoçar

Tampouco estagnar

Que corram para o mar

O destino possam concretizar