Vento a favor

Vou caminhando a passos lentos

Contribuindo com o meu destino,

O qual por tantas vezes repentino

Sem piedade atirou-me aos ventos

Tantas vezes meu tudo era o nada

Espreitando-me na fria madrugada,

Ainda assim eu o seguia sem medos

Para desvendar os muitos segredos

Escondidos no final de cada estrada.

.

Os ventos frios surravam o meu rosto

Fazendo rolar lágrimas em meu olhar,

Trazendo partículas de poeiras pelo ar

Deixando nesta boca, da terra o gosto.

Fui me tornando perdido como os filhos

Esquecidos, abandonados e sem carinhos

Na solidão sem amor e sem os trilhos

Indicadores de luz pelos seus caminhos

Abandonados pelo mundo andarilhos.

.

Na dor aprendi e aprendendo ainda estou

Que é necessário erguer firme a cabeça,

Pois se nada é o tudo quando eu nada sou

Estas dores não deixarão que eu esqueça

Os dias mudaram e sorriu-me a sorte

E o tempo foi a mão amiga estendida,

Que veio acrescentar dias a minha vida

Triste, que corria de encontro à morte.

Entendi que quando se tem esperanças

Que trago dentro de mim desde menino,

E se creio em Deus e nas divinais alianças

Posso sim mudar o rumo do meu destino.

Jeff Condol
Enviado por Jeff Condol em 22/04/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5216266
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