Sobre Temores & Tremores

Temo que eu trema…teimo que eu não tenha.

Torço pra ser menos tendencioso,tiritante,tapado…a gente tenta.

O tique taque do tempo já não é mais tênue,e eu aqui tão tenro…talvez eu nunca seja total.

Tremo…Talvez até faça mal.

Telefonema via túnel do tempo diz que preciso de um terapeuta.

Transcrevi:

“Tantas teses tagarelas,que tédio! Tantas tolices…tente ser menos taciturno!

seu trouxa!” (Eu nem sabia o que era “taciturno”. Podia ter me chamado de dramalhão à la mexicana,tipo telenovela. Se chamasse de Maria Do Bairro,eu entenderia o porquê da ofensa. Daí sim, doeria.)

Tentei menos teimosia,menos temperamentalismos…menos teatro.

Queria a paz de um tibete particular com mais tantras,mais transes…mais tesão.

Que nunca termine a tenacidade em transformar-se sem timidez todo dia,eterno tango que valsa com nosso próprio destino,sem coreografia.

Esse texto é terminal,e padece com testamento:

“Sem tremores,sem temores…não se talha nenhum talento. Tema seus tremores!

E quem não teme? Há quem não trema?

Tremeu? Teime! Tente! E tente sempre. “