Humana flor latente,
De pétalas homicidas,
Que és do nascer ao por do sol,
Senão um diário da morte!?
O fim te aguarda sorrateiro,
Fino banquete das ilusões;
Cova dos sonhos e da soberba.
Os vermes devorarão sua carne,
Restando apenas impressões;
Deixadas nos rastros de vossa existência.
Sois o que sois,
Na cegueira dos seus dias;
Proferindo injúrias em si mesmos.
Da satisfação ao desagrado,
Procissão de murmuradores;
Nascidos mortos antes de nascer.
Humana flor latente,
Murchando vagarosamente;
Diante do caos que os açoita.

 
Sirlanio Jorge Dias Gomes
Enviado por Sirlanio Jorge Dias Gomes em 24/04/2015
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T5219174
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.