MADU

Flor derradeira de um velho jardim.

És grão semeado sem o plantio perfeito.

Quando olho, dói fundo o meu peito

por ter sido você concebida assim.

Queria evitar, não estava nos planos, como sofri.

Dores. Solitário suplício. Escondidos prantos.

Tive nojo de mim. Em meu âmago quase morri.

Períodos insones na noite. Foram tantos...

Senhora soberana, guardadora de riquezas.

Essencial. Agora que a mim vieste pura,

“Rosa de Sharon” abranda-me as tristezas.

O tempo afinal guarda as chagas consigo,

esconde - as. Colibri, tenho agora tua alvura

que me acompanha e a refugio fundo, comigo.

thiticobomfim
Enviado por thiticobomfim em 24/04/2015
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