UM DIA POREMOS UM FIM
Você há de virar poeira
Poeira na estrada da história
Como assim transformaram-se
Todos os tiranos dissimulados
Do alto da sua soberba
Certos de sua eternidade
A água haverá de brotar
Apesar do seu descaso
As vontades do povo
Sua música e suas alegrias
São maiores que sua inépcia
Sua inércia nefasta
Já não persistirá seu ranço
Corroído pela consciência do povo
Acometida de impulso vital
A esperança viceja nos corações
Tente calar nossa música
E nossos agudos o ensurdecerão
Tente calar nossa voz
E nossos escritos o manterão submerso
Cercado por exclamações e interjeições
Recolha-se ao seu sepulcro caiado
Calado na sua suposta beleza exterior
Todos sabemos da sua podridão interior