D O S A N J O S
Dizei-me, oh Deus!
O que tenho a fazer se teus
Lindos olhos estão em outra direção
E, na contra mão, anda meu cálido coração.
Dizei-me, oh Deus!
Se ontem Ela me disse Adeus
Os cantos e os encantos
Agora se fazem em mim prantos.
Dizei-me, oh Deus!
Se fosse Eu o próprio Zeus
Daria a Ela o cálice da imortalidade
Tomaria suas suaves mãos e a levaria comigo para a eternidade.
Dizei-me, oh Deus!
Se um dia os meus olhos fitaram os teus
E nossos corpos se tornaram um só
E os pensamentos foram levados pelos ventos feito pó.
Dizei-me, oh Deus!
Em que mares revoltos que se unem aos céus
Divaga o desencanto que se faz um mistério
Que o silêncio velado de tua boca triunfa feito fortaleza de um império