TEIMA

A chuva escorre pela janela.

O cheiro de mato molhado.

A noite encontra a nostalgia:

O céu não está estrelado.

O som da água caindo

É música ao enamorado.

Faróis iluminam as gotas

No vidro um tanto embaçado.

A madrugada convida

Ao descanso aconchegado.

Mas a teima da caneta,

Em um papel amassado,

Ainda escreve poesia

De um jeito rabiscado...

Antes que perca sua vez

Para o sono represado.

Claudia Jeveaux
Enviado por Claudia Jeveaux em 02/05/2015
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