TEIMA
A chuva escorre pela janela.
O cheiro de mato molhado.
A noite encontra a nostalgia:
O céu não está estrelado.
O som da água caindo
É música ao enamorado.
Faróis iluminam as gotas
No vidro um tanto embaçado.
A madrugada convida
Ao descanso aconchegado.
Mas a teima da caneta,
Em um papel amassado,
Ainda escreve poesia
De um jeito rabiscado...
Antes que perca sua vez
Para o sono represado.