As Mães Nunca Morrem

Não,

As Mães nunca morrem!

Mãe é Luz acesa

Na imensa escuridão da noite,

É vida primeira

Na nossa vida,

Bandeira de Amor hasteada

Em todos os palcos, prantos e sorrisos

De nós.

Mãe,

É pele primeira, é sangue, é cordão umbilical

É grito de dor e alegria maior,

Sublimação das esferas,

Deusa de todas as quimeras!

Mãe,

Poderá ser primeira e derradeira palavra.

É fragata em alto mar,

Sobrevivente,

A todas as preces.

Ainda que se despedindo

Em seu último fõlego,

Mãe não parte!

As Mães nunca morrem!

Sempre no Inverno, na Primavera, no Verão e no Outono

Elas estarão acolhendo seus filhos pela mão

Plantando flores diversas em seus peitos,

Sussurrando sábios conselhos

Na voz da maresia,

Em cada gaivota que passa.

Mãe,

É, e será sempre teu cais de silêncio

Tuas mãos entrelaçadas na berma da Ternura

Desafiando o Tempo.

Elas ficam do outro lado,

Fiando memórias,

Tecendo a eternidade,

Aguardando-nos.

© Célia Moura – (A publicar)

Célia Moura
Enviado por Célia Moura em 03/05/2015
Código do texto: T5229297
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