As faturas dos erros
Tornou-se tão comum encarar a violência
Nesta nossa agitada e louca vida urbana,
Que já não nos causa danos a consciência
Ver atirado ao solo alguém que se dana.
È triste quando o amor torna-se a ausência
"Nesta maldade que quase virou bacana",
E a cada golpe desferido sem clemência
Torna mais comum o que apenas é sacana.
O governo corrupto nada faz e se omite
O cidadão sua inércia também não admite
Deixando tudo para suas gerações futuras,
Mas o senhor tempo impiedoso em breve
Com sua mão que apaga e também escreve
Nos enviará sem piedade todas as faturas.