Rio Branco com Almirante Barroso, de manhã cedo

Obscuro meu caminho até cá

Curvas ruído e escuridão

Emergido por pata de cão

Embevecido de sono e chá

Fótons solares não tocam esse chão

Almas e sombras: é só que há

O cheiro de urina nos afasta o ar

Semi-humanos te imploram pão

No passeio, vendem-se fatos

Todos os olham sem comprar

E com eles, gritam-se desacatos

Procuram-se, todos, se achar

Empurrando pedras pelos sapatos

Esperando, mesmo, o dia acabar.

James Douglas
Enviado por James Douglas em 12/06/2007
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