A arte da auto-mutilação

Enquanto a agulha penetra a veia,

eis que o dia se torna mais luminoso.

E as cores que se depreendem dele,

são puro exercício de egoísmo.

Isso porque temos um mundo para vaporizar.

Isso porque temos vários dias caídos ao chão,

para nos contorcermos e vermos cores onde não existem.

Isso porque nós queremos saber,

até que ponto pode o híbrido ser um humano.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 12/06/2007
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