POEMA ABSTRATO.


Um pássaro cantava a tarde,
a tarde carregava um sol frio
a bandeja da tarde clareava a terra,
o verde que deslizava nas frestas de 
meus olhos catava ouro na escuridão
da pedra,uma poesia deitou na ponta
do meu lápis,e declarou ao mundo,
eu recuei,a procura da concretude,
mas em mim só passa poesia,
e essa iguaria é abstrata,um poema
é criado para varios olhos,a noite
deitou em mim uma colcha de palavras,
meus remendos são imensidão,
ando nos corredores da noite,
a insensatez me desmonta,
mas eis que me surge um alento,
um céu de estrelas está na minha
janela,nele eu vejo seres sensatos
querendo namorar a lua,do poema
que deitou no meu lápis,fiz uma ponte
para começar a viver no outro dia.
Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 13/05/2015
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