Desista

Mortas estão as luzes do céu

O brilho do passado corta o véu

Da realidade penetra o alvéu

Prendendo-te em sovéu.

Definha a esperança da criação

As estrelas que caindo estão

Trazem ao infeliz a razão

Para destruir a prisão

Preso em correntes etéreas

Flui-lhe a dor nas artérias

Tais amarras insolentes e pétreas

Não há vida que resista

Nem beleza a ser vista