A poda
A falta que me faz de sentir sem negar.
A falta que me faz o olhar.
A falta que tem feito não se privar.
Se eu pudesse voltar,
Esperar nosso dia chegar,
A maçã cair ao chão,
Não teria sido eu.
Hoje, me pego correndo atrás
De algo que uma vez eu senti e fez sentido.
Percebo que nada me satisfaz
E acabo de entrar em perigo.
As coisas, cinzas estão ficando.
Meu sangue, já não mais vibra,
Está acabando.
Minha pele já não palpita, está secando.
As coisas já não me chamam a atenção.
Meus olhos só enxergam o chão.
Parece que falta algum tempero pra concluir,
Um toque de agridoce para se abrir.
Me falta vontade, ideal.
Gostaria de saber se há leis para seguir,
Um manual.
Quando não se pode o coração podar,
Eu não consigo levantar