TEREZA

Se uma lágrima caísse dos meus olhos,
E sobre minha face fizesse corredeira,
Talvês fosse a última que saísse,
E desses meus olhos partisse,
A final.... a derradeira.

Não seria de dor nem de saudade,
De pranto nem de tristeza,
Seria na verdade,
Marcada pela vontade,
Que eu sentia de ver Tereza.

Quando Tereza tava distante,
Eu padeci de tristeza,
Perdido de galho em galho,
Como uma gota de orvalho,
Perdida na correnteza.

Se não sinto mais saudade
Nem dor nem melancolia
Se não clamo mais de tristeza
É porque vejo Tereza
Nesta praça, todo dia.

Sempre vejo ela passar,
Com seu corpo de menina,
Tão bela e tão delicada,
Como uma flor pequenina,
É que ela vem trabalhar,
Na taverna da esquina.

Não censurem meus senhores,
Esses versos sem beleza,
É que me vesti de poeta,
E vim aqui pra ver Tereza.
limavitoria
Enviado por limavitoria em 13/06/2007
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