À ESPERA DA PRIMAVERA

Era inverno em meu corpo

Os rios gelados estáticos

No leito das veias abundantes

Ainda drenavam o sangue

Que percorria lentamente

Cada pedaço do corpo pulsante.

O gélido ar da indiferença

Dominava meus olhos

Eram frios e distantes

Resumindo as cores do mundo

E suas longas estórias

Num pequeno curta

Em preto em branco.

O olhar parado

Múltiplo de sentidos

Apenas observava o mundo.

O brilho de outrora

Esquecido com o tempo

Esvaiu-se com a lágrima

Que da gota virou gelo.

Helena Sut
Enviado por Helena Sut em 22/09/2005
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