RAMAGEM
Sou poeta
que escreve
com pena de cacto,
ferido de poesia
penosa e breve
onde me debato.
Ah! se as palavras
fossem uvas no cacho
ah! se fossem doces
meus dias,
eu degustaria
poesia na ramagem.
A dor que transpiro
caída na relva
nutri a semente,
rega os frutos
na página branca
onde suspiro.