Ofíco

Cataventos, moinhos, unguentos, moinhos,

Os ventos escoram a soberba tardia,

que os corvos destroçam no amanhã,

ao coçar da barba rala e fria...

Corro ao ofício de sentir,

pouca farsa de vida e sorte,

Sempre estirado na areia

desejando estrelas e beijando a morte...

Destilar paixões é podre,

arruinar matizes acalmando a alma,

sem pensar nas dores,

que a arte de sobreviver dita,

acalentando tardes, dessabores,

e tapando os olhos na peneira,

do amor que vai nos ventos,

e no calor que se dar nas águas,

que do horizonte celeste,

sobram bocas afogadas,

risos queimados com beijos verdes,

e os pirilampos que balançam a escada,

daquela travessia imaculada

e nos derrubam no abismo do querer

no abismo do ofício...

Itaituba-Pará, dia 03 de junho de 2015.

Andrew, o Aramis.

Andrew de Castro Rodrigues
Enviado por Andrew de Castro Rodrigues em 14/06/2015
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