Luto pelo lugar comum

Será que esses filhos apáticos

De noras sem genro

Vacilam ao fingir esse sorriso de mandíbula aberta?

Pergunto, pois ao sentir o vento cortar,

Pelo menos no meu caso

Não há carrossel, não há mágica,

A vida vira uma praga

E o alivio não aparece no grito

Luto para manter o gênio difícil

Inquieto, amargo eu vigoro

Ontem, pela primeira vez,

eu senti um medo contido

- Oh, rapaz, não me venha com essa!

Sem poder, a vizinhança que te vê,

Até dá licença para o louco agir

Mas não se espanta pela energia entalada

Não se espante se a decisão for dormir

Há um alivio ali, não é caro e nem cura

Amigo, só sei que se o jeito for a farmácia

Fecha os poros e siga

Fure os olhos e sonhe

Em coma, pergunto,

o que é mais uma escuridão?

Michell Niero
Enviado por Michell Niero em 15/06/2007
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