CONJUNTO VAZIO

E a natureza repete suas formas

no umbigo do mundo que é meu ego.

Se o céu simula meus olhos,

ele certamente se cansará de tudo.

Cerrará seu azul no negro da recusa

em ter de incorrer no erro da espera.

Parece que meu braço estendido

é uma exclamação do arrependimento.

Por isso apago prédios, pessoas e dias,

para tudo dar no branco e sólido espaço.

Onde tudo pode ser finalmente revisto,

e a natureza ser reinventada.

Agora, nada mais de improviso.

No cinismo, eu me basto.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 21/06/2015
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