NÁUFRAGOS DA PAIXÃO
Quando do sofrimento vem a liberdade,
Dessas que não queremos, mas vem,
Do tipo de um barco prisão,
Que depois da tempestade, naufraga,
No mar e todos os presos ficam livres,
Livres no meio do mar, condenados,
E desejando estar mortos ou a volta para a prisão,
Quando uma paixão nos prende,
E os grilhões do desejo prendem o nosso coração,
Passamos a ser escravos desta paixão,
E o alimento, o sono, o dia, a noite,
Tudo parece nos fazer mal,
Tudo cria em nós o sentimento de dor, de perca, de sofrimento,
Quando perdemos esta paixão,
Então a dor se agiganta, os dias e noites parecem intermináveis,
E o sofrimento parece pulsar em nossas veias,
Então percebemos que naufragamos no meio da paixão.
O Poeta da Solidão