ESSÊNCIA
ESSÊNCIA
ESSÊNCIA
Choveu letras em mim
E eu descalça
aproveitei a lama que coloria os meus pés
que já nem lembravam daqueles velhos sapatos rasgados
Foram abandonados pelo meio do caminho...
Numa esquina onde passava um gato preto
Pouco importava
se era garoa ou tempestade
se eu me conservara inteira ou metade
E qualquer caramelo envolvido em papel de embrulho
Era ouro que reluzia
no claro ou no escuro...
Mas eu não vivo de embalagens
Abri o caramelo
e segui viagem....