Réquiem Para a Tua Infância

Nessa tua embriaguez melancólica

Nesse teu corpo sujo,

Falso, entorpecido,

Tu fazes sofrer quem há muito

Por ti já tem sofrido.

Mas já basta.

Eu desisto.

Se quiseres me encontrar

Vasculhas tuas lembranças,

Revivas tua infância,

Que estarei lá.

Brincando contigo,

Na cama bagunçada,

Dando nossas inocentes gargalhadas,

Despreocupadas.

Não me procures agora;

Esse menino que brincava contigo,

Não existe mais,

Foi-se embora.

Desde que nada da menina de outrora,

Em ti resta mais.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 16/06/2007
Código do texto: T529080
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