Poema da Perdida Amada

Do fundo do meu coração magoado,

Este poema da soledade eu componho;

Mas lembro que, outrora, apaixonado,

A imagem dela me convidava ao belo sonho.

Os lábios da minha perdida amada

Eram desgastados por beijos de mentira;

E, até hoje, sua alma se nutre, encantada,

De centelhas coloridas que a vaidade lhe atira!

Fluem em meu coração e minha mente

Oceanos de idéias e de lembranças...

Revejo-me, poeta louco, febrilmente,

Rimando seus olhos com minhas esperanças.

Baldadas rimas! Cantava um amor de acalanto,

Com a loucura que agora se revela:

Ela não viveu comigo, mas é certeza, entretanto,

Que eu e os meus pecados já vivemos com ela!...

Santiago Cabral
Enviado por Santiago Cabral em 16/06/2007
Reeditado em 11/11/2008
Código do texto: T529190
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