Incompreendido
como um velho homem
leio o jornal
passa o tempo
e a gente se acostuma
com as notícias
de perto e de longe
pouco nos abala
tantos crimes
tantos acidentes
tantos anônimos
olho o céu azul
olho as árvores
a areia esta caindo
guerra que nunca acaba
a mesa espera
a palavra fala
no sorriso que escapa
o beijo que falta
dentro da mágoa
existe uma fina casca
a mão imaginando um homem
a dor e a salvação do mundo
a janela da imaginação nos liberta
só existe a luz
quando você se apresenta
e sobe a escada
casa nas nuvens
sem ter um pulso firme
sem ter nenhuma esperança
como um velho homem
leio o jornal
passa o tempo
e a gente se acostuma