A verdade
A Verdade
Constrangedor meu senhor
Sorria o dia todo,
Mas no final sempre a dor
Porque tinha um segredo
Ele sabia a verdade
Como ele explicaria?
Sem causar maldade?
Sem quebraria?
Dentro da cabeça
Guardava uma informação
Que contaria, se digno fosse o cidadão
Mas quem se atreveria, não importando o que aconteça?
Até que surgiu alguém
Uma menina, com quem, pode compartilhar
E assobiou o segredo da verdade absoluta
Era uma incrível conduta
“Minha jovem neta
Você aceita”
“Meu velho avô,
Você me acha digna de tal receita”
“Se bastar o fardo que terá que carregar
Será digna de qualquer virtude que desejar”
“Sendo assim, ficarei feliz de ser sua, aprendiz”
“Então, invoco o pior dos destinos
A mentira é uma verdade
Assim como esse discurso
O lunático grita piedade
E o santo faz desuso
Mas não a verdade maior
Do que a falsidade
Dela nasce a maior das virtudes
A imaginação
Que conduz qualquer homem solitário
A viver em comunhão
Ou seja, não adianta fugir
Estamos fadados desistir
Uma hora morremos
Mas passamos para o próximo
Tudo o que dizemos
E isso é bom
Pois a partir de agora
Você saberá
Que a verdade nunca existiu e nunca existirá”.