A verdade

A Verdade

Constrangedor meu senhor

Sorria o dia todo,

Mas no final sempre a dor

Porque tinha um segredo

Ele sabia a verdade

Como ele explicaria?

Sem causar maldade?

Sem quebraria?

Dentro da cabeça

Guardava uma informação

Que contaria, se digno fosse o cidadão

Mas quem se atreveria, não importando o que aconteça?

Até que surgiu alguém

Uma menina, com quem, pode compartilhar

E assobiou o segredo da verdade absoluta

Era uma incrível conduta

“Minha jovem neta

Você aceita”

“Meu velho avô,

Você me acha digna de tal receita”

“Se bastar o fardo que terá que carregar

Será digna de qualquer virtude que desejar”

“Sendo assim, ficarei feliz de ser sua, aprendiz”

“Então, invoco o pior dos destinos

A mentira é uma verdade

Assim como esse discurso

O lunático grita piedade

E o santo faz desuso

Mas não a verdade maior

Do que a falsidade

Dela nasce a maior das virtudes

A imaginação

Que conduz qualquer homem solitário

A viver em comunhão

Ou seja, não adianta fugir

Estamos fadados desistir

Uma hora morremos

Mas passamos para o próximo

Tudo o que dizemos

E isso é bom

Pois a partir de agora

Você saberá

Que a verdade nunca existiu e nunca existirá”.

Códice Éter
Enviado por Códice Éter em 29/06/2015
Código do texto: T5293865
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