HIBERNANDO...
Que importa, se as flores estão mortas,
e hoje, desolado esteja o meu jardim...
Se das árvores, se foram as folhas,
e que só um vento triste, cante aqui...
Se brancas névoas, engoliram as cores,
e encobrem toda a vida em torpor...
Que importa, se o inverno existe,
tanto na natureza, quanto em mim...
É só uma estação, uma parada,
um repouso para nova jornada...
Há o tempo em que tudo se recolhe,
um sono frio, em dormente solidão,
e introvertido silêncio, a alma envolve...
Embora, tudo pareça triste e vazio,
a vida se concentra, hibernando,
e prepara, as novas cores do porvir...
Fechando ciclos, reciclando forças,
após o inverno,
o mundo renovado sempre acorda,
nas sementes pequeninas,
que sonham o verão...