Mesquinhas mentes

E se tudo aquilo que eu deixei de fazer

Não valeu de nada?

O que eu quero pra vida é planejar uma escada.

Dela, o que eu aprendi, ainda é pouco

O que resta é saber se viverei

E passar pelo sufoco:

Se arranhar com os espinhos,

Que entram em meu caminho só pra sangrar.

E as mãos que os tem,

fazem das minhas refém de mesquinhas mentes,

que perdem a linha sem saber sambar;

E deixar de calejar o meu céu

Com seu gosto de féu;

Os tapetes que dos pés saem em vão

Puxado pelas mãos,

De quem vem pra ir embora,

E, mais tarde, volta pra não ajudar:

Ignora.

Ah, mas se tudo na vida fosse fácil

Teria o prefácio pra viver.

A padaria não teria tanta coisa pra escolher.

Ah, me dê um tempo agora,

Pois já não vejo a hora de sorrir.

O sufoco que não passo por ora,

Me veio da senhora

De mãos sem espinhos pra ferir.

Victor H Costa
Enviado por Victor H Costa em 08/07/2015
Reeditado em 08/05/2017
Código do texto: T5303516
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