Mesquinhas mentes
E se tudo aquilo que eu deixei de fazer
Não valeu de nada?
O que eu quero pra vida é planejar uma escada.
Dela, o que eu aprendi, ainda é pouco
O que resta é saber se viverei
E passar pelo sufoco:
Se arranhar com os espinhos,
Que entram em meu caminho só pra sangrar.
E as mãos que os tem,
fazem das minhas refém de mesquinhas mentes,
que perdem a linha sem saber sambar;
E deixar de calejar o meu céu
Com seu gosto de féu;
Os tapetes que dos pés saem em vão
Puxado pelas mãos,
De quem vem pra ir embora,
E, mais tarde, volta pra não ajudar:
Ignora.
Ah, mas se tudo na vida fosse fácil
Teria o prefácio pra viver.
A padaria não teria tanta coisa pra escolher.
Ah, me dê um tempo agora,
Pois já não vejo a hora de sorrir.
O sufoco que não passo por ora,
Me veio da senhora
De mãos sem espinhos pra ferir.