Manolo, o velho
Idas e vindas do mar
Fazendo o ritmo do coração
Melancolia e solidão,
Guarda no verso o refúgio,
Um vaguear, que é seu destino.
De muitos pousos, muitos amores
Vem agora costear.
Geme como a madeira do tombadilho
Geme como o vento nas frestas da escotilha,
E as lembranças são espumas
Que ondulam em silêncios,
catarse de sombras.
O tempo foi desafio vencido
Amálgama de prazeres e dores
Correntes e asas.
Lentamente
expande o peito num suspiro.