Salve

Salve à ilusão do pó,

A (verdadeira) religião humana;

Salve à ilusão do pó,

Razão de amor e guerra;

Salve à ilusão do pó,

Verdadeiro governo de nossa herança.

Soa um brilho etéreo,

Da ironia à ignorância,

Beijando singelo reflexo

De seu cadáver à deriva,

Este, o homem senhor do pó.

Salve ao espectro da ignorância,

O sábio homem moderno;

Salve ao espectro da ignorância,

Eterno brilho humano;

Salve ao espectro da ignorância,

Agrada ao mais maresco olhar.

As qualidades resumidas

Corpo belo, desejo intenso,

Relógio não para, tempo ladra,

Tua existência? Apagada,

E galga, humano, a beleza eterna.

Brinde ao dono da verdade,

Inescrupuloso comprador de farpas;

Brinde ao dono da verdade,

Moedas de ouro pagam os esteriótipos;

Brinde ao dono da verdade,

À mentira por qual sempre morrerá;

Brinde ao dono da verdade,

Que apenas a si mesmo sempre amará.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 12/07/2015
Reeditado em 12/07/2015
Código do texto: T5308026
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