Angel
Menina dos olhos claros
Cabelos longos, loiros e macios
Da face rosada
Sorriso inocente
E uma alma de gente
Sentimentos tinha
Coisas lindas dizia
Era tão calma e bela
Que nem a morte para ela
Um empecilho era
Mas ela cresceu e sua vida mudou
Seus longos e loiros cabelos deram
Lugar a medexas negras e lisas
Como o papel
Sua face rosada ficou pálida
Seu sorriso virou uma pedra e
Sua alma uma caverna
Seu corpo era sofrido mas perfeito
Seus olhos traziam um pouco da inocência perdida
E a escuridão tomou conta de sua vida
Em meio aos becos escuros e
Úmidos da cidade estava ela
Sua vida não era mais sua
O dia virava noite e a noite dia
O sangue do mundo a fazia viver
Os gritos e urros da vida a faziam delirar
E seu momento sublime era feito de dor
Um raio de luz a fazia morrer
E um da escuridão viver
Por onde passava refletia a luz do luar
Seu corpo revelava a sedução de uma menina-mulher
E sua roupas negras
Seu andar sensual e
Sua fome por sangue
Lhe deram apenas um nome
Anjo da Escuridão