O SILÊNCIO DO POETA

O poeta é sempre poesia,

e sê-lo-á sempre ainda que seu coração silencie.

Rebelde, negando e fugindo, tentando apagar

de si e do éter seu grito, a melodia,

o poeta é e sempre será o cômico vencido

pelo verso,

pelo sol, luz e mar, pelo sal

que lhe explode no canto,

no hino e na fé

do universo.

São José, 31/03/2001