UM RÉU NECESSÁRIO

De quem é a culpa afinal,

Que faz essa lágrima insistente,

Correr pela face angelical

Desse ser humano inocente?

O culpado pode ser o sol ardente,

Ou quem sabe a leitura constante,

Uma dor forte e latente,

Ou o cigarro de um fumante.

Talvez seja a beleza da lua

Que lhe fez emocionar,

Ou um morador de rua,

Que tanta pena faz dar.

Quem sabe uma brisa fina

Quando estava a beira mar,

Ou uma briga de esquina

E uma ofensa a escutar.

Pode ser uma derrota

Do time do coração,

Ou a turbulência na rota

E o medo de avião.

A nota baixa na prova?

O susto com um trovão?

Rasgou sua roupa nova?

Ou foi o sumo do limão?

Suponho que seja o céu

Que não lhe teve piedade...

... Qualquer coisa pode ser réu,

Para isentar a Saudade!

Claudia Salck
Enviado por Claudia Salck em 19/07/2015
Reeditado em 19/07/2015
Código do texto: T5316106
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.